Sobre a confiança e sociedade
Mãe grávida de oito meses e pai trabalhando sem ganhar pró-labore foi ficando bem complicado para uma família que tinha 4 filhos em idade escolar.
Quando um homem habilidoso, inteligente e trabalhador, ganha a oportunidade de uma sociedade, ele se atira com vontade para o sucesso de todos. Assim ele fez. Aceitou montar um barracão em um terreno do sócio e ali desenvolveu diferentes máquinas e tornos para trabalhar madeiras. Quando digo desenvolveu, este é o termo! Criou e mandou forjar ferros e lâminas para determinadas funções, compraram motores e assim nasceu uma fábrica de esquadrias e produtos torneados.
Depois de algum tempo, com bastante trabalho e pouco numerário, a sociedade poderia ser questionada, mas a CONFIANÇA INABALÁVEL DELE permanecia forte. Até um dia, ao chegar para trabalhar, descobriu que a sociedade inexistia e tudo, devidamente assinado por ele, para ceder sua parte ao outro – sim, ele trabalhava e o outro administrava e ajudava um pouco. No decorrer dos meses, foi planejado pelo sócio a eliminação da sociedade e, uma vez que tudo estava dentro do terreno do sócio, o que era preciso? Fechar a porta d=e dizer que acabou e assim ele fez!
Naquela manhã, ele voltou cedo para casa e não sabia o que dizer a esposa que estranhou sua vinda para casa. A tarde, ele saiu mas, não tenso para onde ir, foi ao bar – a “bodega” e ali ficou com os vizinhos que bebiam…
Fim de tarde chegou com dificuldades e a mulher não entendendo o que aconteceu, foi ao sócio perguntar e, neste momento soube que ele nada mais tinha ali.
No dia seguinte, intimou o marido sobre o que tinha acontecido: ele confessa que não tem ideia e que apenas foi-lhe dito que não tinha mais nada lá!
Naquele dia, o sócio apareceu na casa para perguntar algo sobre um cliente e, o pai estava na “bodega” em desespero e ela juntou uma chaleira de água fervendo do fogão a lenha para jogar nele e correu por por uma quadra tentando alcança-lo, mas a barriga de oito meses e o pavor do perigo a fez parar e voltar.
E COMEÇAR DE NOVO!
Vizinhos compreenderam que ele precisava trabalhar e juntaram-se para levantar a casa com macacos hidráulicos e fazer uma marcenaria no porão e uma parte no terreno ao lado.
Uma nova perspectiva – ele fez novas máquinas*– tudo de novo!
*algumas estão hoje no museu da cidade – feitas de madeira e ele mesmo desenhou a parte de metal para o ferreiro fazer para ele.
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